Atualizado em 02/05/2024 por Sylvia Leite
Quando começou a ser produzido, décadas atrás, o artesanato em argila que resultou nas Bonecas do Jequitinhonha era um mero ganha pão – o meio encontrado pelas mulheres locais para sustentar os filhos enquanto seus maridos, sem trabalho por causa da seca, tentavam a sorte em São Paulo. Essas mulheres eram conhecidas como as “Viúvas de marido vivo” ou “Viúvas da Seca” e passavam necessidade.
Com o tempo, as peças utilitárias foram substituídas por bonecas. Com elas veio a fama e, embora a renda da maioria dessas artesãs ainda esteja longe do merecido, já atingiu um patamar suficiente para desestimular a partida das novas gerações. Agora, a situação se inverteu: muitos homens do Jequitinhonha trabalham em casa dando suporte à produção artesanal das esposas e alguns até se aventuram na modelagem da argila.
As peças produzidas por aquelas primeiras mulheres eram potes, panelas, moringas e vasilhas sem qualquer pretensão artística. Elas apenas usavam o único recurso abundante na região para moldar objetos que pudessem ser trocados por comida, o que era feito nas feiras livres. Foi também sem pretensão que, ao ganhar intimidade com o barro, as mulheres passaram a esculpir imagens de animais e de mulheres – suas próprias imagens. E foi assim que, como se diz na região, “da terra seca onde não nasce nem um pau de flor, começaram a brotar bonecas de barro – as bonecas do Jequitinhonha”.
Não se sabe ao certo em que momento a mudança ocorreu, mas segundo se conta no Vale do Jequitinhonha, primeiro vieram os animais e só depois é que surgiram as figuras humanas. Talvez as artesãs tenham despertado seus talentos para esculpir seres vivos em diferentes momentos e por motivações diversas, dentro de uma onda coletiva que parecia estar em curso. Mas quem fez “as bonecas brotarem da terra seca”, como se costuma dizer na região, foi Izabel Mendes da Cunha, a ceramista que ficou conhecida como “A bonequeira do Jequitinhonha”.
Bonecas do Jequitinhonha: um sonho de menina
Izabel nasceu, e viveu por 90 anos (de 1924 a 2014) , no vilarejo de Santana do Araçuaí – um distrito do município de Ponto dos Volantes, em pleno sertão mineiro. Aprendeu o ofício de ceramista ainda pequena, observando a mãe, Idalina Maria de Jesus. Mas não tinha autorização para colocar em prática o que aprendia observando, porque na fazenda onde moravam o barro era escasso. O pai precisava ir buscar na propriedade vizinha. Era escondida da mãe que Izabel pegava material para suas experiências. Depois, quando chegava a hora de acender o forno, ela aparecia com as pequenas peças e a mãe acabava concordando em queimá-las junto com seus potes, panelas e pratos.
As bonecas do Jequitinhonha foram o resultado de um sonho da menina pobre que colava retalhos de tecido em sabugos de milho e assim criava variadas personagens. Ela sempre ouvia falar em bonecas, mas não sabia direito como eram. Quando aprendeu a modelar a cerâmica, Izabel imaginou que pudesse fazer suas próprias bonecas e fez isso a partir de uma moringa. Primeiro ela modelou mães com bebês porque era uma imagem que lhe impressionava muito. Depois vieram as noivas com os vestidos brancos que ela tanto admirava. E, finalmente, os convites e o reconhecimento internacional.
O vale das bonecas e das bonequeiras
Izabel – que nos deixou em 2014 – era a bonequeira mais famosa, a pioneira do Jequitinhonha, mas depois dela vieram muitas outras. Algumas tiveram sorte de aprender com a mestra, que ‘ensinava sem cobrar um centavo’. Depois, suas alunas passaram a dar aula e hoje há produção de bonecas em vários municípios da região. Os detalhes variam de localidade para localidade e de artesã para artesã, mas uma característica é comum a todas as bonecas: suas cores são obtidas do próprio barro, sem utilização de tintas, a não ser em um ou outro detalhe.
Quatro localidades concentram o maior número de bonequeiras e são sede de associações: Campo Alegre e Campo Buriti, no município de Turmalina; Cachoeira do Fonado, em Minas Novas; e Santana do Araçuaí, em Ponto dos Volantes.
Uma das bonequeiras mais conhecidas é Maria José Gomes da Silva, a Zezinha, nascida em Campo Alegre e dona de um sítio, que mais parece um museu a céu aberto, na vizinha Campo Buriti. Difícil descrever o lugar. É um jardim repleto de bonecas, animais, flores e outros ornamentos, tudo de argila, e em perfeita interação com árvores, canteiros e estruturas de alvenaria. Quantas peças? centenas ou milhares, nem Zezinha sabe dizer.
A coleção vai de figuras humanas, com mais de um metro de altura, a contas minúsculas enfiadas em cordas penduradas em janelas, colunas e vasos. Isso sem falar em cenas como um presépio e uma procissão. E, para completar, o sítio tem um paredão coberto de flores de cerâmica.
Zezinha aprendeu a moldar e a pintar argila muito cedo, com a mãe e com a avó. Ela não sabe direito a data porque, segundo conta, naquela época, quando as meninas da região se entendiam por gente, já começavam a mexer com cerâmica, que era o ganha pão das mães, tias e avós. Primeiro faziam panelas e depois passavam para as outras peças, inclusive as bonecas.
Quando se casou, Zezinha chegou a abandonar o ofício, mas acabou retomando rapidamente e não largou mais. Hoje o marido, Ulisses, também participa do trabalho, que é feito apenas por encomenda. Cabe a ele toda a parte estrutural, desde a coleta de barro e de lenha, até a queima e a embalagem das peças. Zezinha fica com a modelagem e a pintura.
As duas filhas, Claudia e Aline, seguiram o caminho da mãe, produzindo todo tipo de cerâmica, inclusive as bonecas do Jequitinhonha. E a tradição parece não querer parar. Aos nove anos, a neta Lorena já fazia suas peças e sempre disse a quem pergunta que quer seguir o exemplo da mãe, da tia e da avó.
Zezinha é uma artesã completa, pois tanto modela como pinta, mas ela conta que isso é uma característica da sua geração, que aprendia e fazia as duas coisas. Hoje, há artesãs que se concentram apenas em uma atividade e as mais jovens, segundo ela, tendem a gostar mais de pintar.
A hora e a vez dos bonequeiros
Outra mudança na tradição das Bonecas do Jequitinhonha é que atualmente há também rapazes bonequeiros. Ainda são poucos, mas o número aumenta a cada dia. O mais conhecido deles é, sem dúvida, João Augusto Alves Ribeiro, o Augusto Ribeiro, que foi aluno da pioneira Izabel Mendes da Cunha.
Augusto entrou em contato com a atividade de ceramista aos quatro anos de idade, quando a mãe começou a fazer aulas com a irmã que era aluna de Izabel. No começo, catava as sobras de argila para fazer pequenas peças, mas logo a mãe percebeu seu talento e o incentivou a fazer aulas com a própria Izabel. Aos 15 anos, ele produziu e vendeu sua primeira boneca grande, depois de passar anos modelando miniaturas. Hoje, já adulto, é o mais jovem e um dos mais famosos bonequeiros de Santana do Araçuaí.
Campo Alegre também já pode dizer que tem um bonequeiro: é o motorista de caminhão Claudemar Lopes, que aprendeu o oficio com a avó Jacinta Gomes Francisco, falecida há mais de vinte anos, e sempre viu a mãe, Terezinha Francisco, e a irmã, Elisângela Lopes, modelarem filtros e bonecas de argila. Claudemar fez sua primeira boneca no intervalo entre um emprego e outro e colocou à venda na Associação de Campo Alegre. Agora que voltou à sua rotina de trabalho, não sabe se terá tempo para manter a produção artesanal, mas seu exemplo pode abrir caminho para outros que tenham se sentido intimidados pelo fato de não haver bonequeiros naquela associação.
Nem tudo é boneca no Jequitinhonha
As bonecas do Jequitinhonha tornaram-se ícones da região, mas o artesanato em argila não se limita a elas. Assim como nos primeiros tempos, a maioria das ceramistas produzem também peças utilitárias como pratos, canecas, xícaras e filtros. Além disso, há aquelas que usam as formas humanas de maneira estilizada, como é o caso de Rita Gomes Lopes, conhecida apenas como Dona Rita.
Depois de passar décadas produzindo as Bonecas do Jequitinhonha, ela foi incentivada por agentes culturais a fazer algo diferente e inventou os “potes com cara”, que – pelo menos até alguém copiar -, são exclusivos de seu ateliê. Dona Rita, assim como Zezinha, começou a mexer com argila ainda criança. Sua mãe fazia panelas para sustentar os seis filhos e morreu aos 91 anos, em março de 2002, sem nunca ter abandonado o ofício.
Dona Rita vive a poucos passos da sede da Associação dos Lavradores e Artesãos de Campo Alegre – que é dirigida por sua neta Sabrina, também ceramista e bonequeira. Mas apesar de ter parentes que compartilham o mesmo ofício, e de morar tão perto da associação, ela prefere trabalhar sozinha, na sala da casa. Sua jornada começa depois do almoço, às 11 da manhã, e vai até as 4h a tarde.
A argila, que um dia já foi retirada dos quintais, hoje precisa ser comprada de dois moradores que ainda têm barreiro em suas terras, e chega aos locais de trabalho em carrinhos de mão. Dona Rita precisa separar as impurezas e adicionar água para fazer a massa. Só então é que começa a modelar. A queima é feita em fornos a lenha que ficam no quintal.
Os ‘potes com cara’ são seu formato preferido, mas ela faz também outras peças utilitárias e até bonecas porque para vender a quantidade necessária ao sustento, é preciso ter tudo que as pessoas procuram.
Muito além de bonecas e de cerâmica
A região que se estende da nascente do Rio Jequitinhonha, no município mineiro do Serro, até sua foz, em Belmonte, na Bahia, é um caldeirão de tradições culturais e religiosas, todas elas relacionadas direta ou indiretamente, ao artesanato local. E embora as Bonecas do Jequitinhonha tenham alcançado maior divulgação, há outras expressões artísticas igualmente interessantes, como é o caso dos tambores, da tecelagem, dos móveis em couro e das joias de coco e ouro.
As tecelãs, por exemplo, guardam uma tradição que vem passando de mães para filhas há várias gerações. Assim como Izabel, muitas delas aprenderam o ofício na infância. Por ser uma atividade tradicional, a tecelagem do Vale do Jequitinhonha, em sua maioria, preserva as técnicas manuais de produção e os tingimentos naturais. Um exemplo disso é a comunidade rural de Tocoiós que reúne cerca de 30 tecelãs.
O mesmo ocorre com os tamborzeiros que além de fazer instrumentos para qualquer tipo de músico, são os responsáveis pelos tambores das festas religiosas, animadas por grupos que também recebem o nome de tamborzeiros e por outros conhecidos como Congados. Isso para falar apenas de alguns.
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Notas
- 1 Breve teremos, aqui no blog, matéria sobre as tecelãs e fiadeiras do Vale do Jequitinhonha
- 2 Leia, aqui também, matérias sobre outros lugares ou tradições da região: Sempre-vivas / Museu Tipografia / Vila do Biribiri / Gruta do Salitre / Curralinho / Chapada do Norte / Diamantina
Bonecas do Jequitinhonha – Vale do Jequitinhonha – Minas Gerais – Brasil – América do Sul
Fotos
- (1,2,3,4,5,6,8,9,10) Sylvia Leite
- (3) Lucas Van Beuque /Divulgação
Participação especial
- Marisa Mattua Portela da marca de joias Marisa Portella
Referências
- Site da Vivejar
- Museu Virtual Saberes Plurais - UFMG
- Entrevista de Izabel ao Museu da Pessoa
- Site Artesanato Solidário - Artesol
Meu presépio é de artesãos do Vale do Jequirinhonha. Ganhei do professor Celso Freire, pesquisador e entusiasta desse povo maravilhoso. Isso foi há quase 20 anos, quando ajudei a divulgar uma exposição desses artistas aqui em São Paulo. Q
Guardo cada peça preciosa durante o ano todo, desde então.
Que legal, Sandra! As peças do Jequitinhona são lindas. Eu trouxe várias da viagem que fiz por lá.
Adorei. Eu já tinha ouvido falar das famosas bonecas do Vale do Jequitinhonha. Agora lendo a sua matéria fiquei admirado com tanta beleza. Amei ❤️
São lindas mesmo né? As bonecas, as bonequeiros e suas histórias. Obrigada pelo comentário.
Está matéria tem um pouco de você. Foi sua viagem pro Jequitinhonha, e as fotos que você fez das bonecas, que me acenderam o desejo de conhecer a região, o que só aconteceu uns 30 anos depois.
Ótimo texto, narra com detalhes interessantes a história e evolução das bonecas do Jequitinhonha e seus desdobramentos mais recentes.
Que bom que gostou, Bia! Foram essas bonecas que me levaram pro Jequitinhonha e eu descobri que além delas existem muitas outras maravilhas na por lá. Algumas eu já reportei aqui e outras virão.
Como sempre, matérias maravilhosas!
Muito importante essa arte que retrata a força transformadora da mulher sertaneja
É como eles dizem lá: uma arte wue brota da terra seca.
Lindo o ofício dessas mulheres, materia maravilhosa. Tive a honra de conhecer algumas dessas mulheres ano passado inclusive trouxe uma boneca linda.
Gratidão por compartilhar essa linda matéria.
Eu que agradeço, pela leitura e pelo comentário.
Amei, bem interessante saber essa história.
É uma história muito legal mesmo, Newma. Obrigada pelo comentário.
Parabéns Sylvia pelo texto, sussinto e abrangente sobre a história das bonecas do Jequitinhonha. Tive o prazer de conhecer Isabel e grande parte da sua família. Sou também filho de Santana do Araçuaí, e seu da importância dela para Santana e pro artesanato do Vale. Seu texto resgata isso e dá vida a personagens como ela.
Valeu e obrigado.
Eu que agradeço por seu comentário tão generoso. Abraço para a galera de Santana do Araçuaí.
Trabalhei na CODEVALE por 11 anos no artesanato do vale do Jequitinhonha. Viajava comprando o artesanato por todo o vale e conheci muitos artesãos, suas casas, suas vidas: Dona Isabel, Ulisses, Noemisa e tantos outros.
Miras, eu e Clélia selecionamos muitas peças que seriam para um museu do vale do Jequitinhonha ( algumas foram para o casarão de
Minas novas e não sei o que aconteceu com as restantes ( foram catalogadas )e a Miras registrou todas as “estórias” das peças: casamentos, batizados, carros de boi, bonecas..…contando a cultura desse povo tão maravilhoso do vale.
Sou do vale do “Jequi que tem onha”Jequitinhonha e tenho imenso respeito pelas mulheres que sustentaram os seus filhos fazendo arte e que passaram esse maravilhoso ofício de geração a geração.
Tantas memórias e registros que guardo com carinho, quanta riqueza do Artesanato do Vale do Jequitinhonha – Joaíma – madeira e cestaria – Caraí ( Noemisa, Ulisses) -ceramica cheia de requinte e registros do cotidiano e cultura do povo- Santana ( Isabel, Ulisses)- Turmalina ( cerâmica linda) Minas Novas ( cerâmica que parece uma porcelana, pintada com toá , terra vermelha), Berilo – maravilhoso artesanato tecido no tear: colchas, almofadas…
Araçuaí – madeira, cerâmica, Carrancas – Itamarandiba – Santos –
Todos os lugares do Vale tem cerâmica, tem arte – artesanato!
Viva o Vale!
Obrigada pelo comentário e pelas informações, Elenice.
Obrigada, Elenice, por compartilhar seu saber.
Obrigada pelo comentário, Edith. Espero que tenha gostado da matéria.
Que linda reportagem!
Obrigada, Nilda. Volte sempre! Temos muitas outras matérias no blog sobre lugares e tradições especiais. Navegue e descubra.
Incrível o desempenho destes artistas e a evolução de toda essa produção. Tem bonecas lindas. Parabéns!
Incrível mesmo, Lícia. As bonecas do Jequitinhonha são uma preciosidade.
Tenho muito orgulho de fazer parte da terceira geração de da minha avó Izabel Mendes da Cunha que ensinou não só a mim uma profissão como também de toda uma comunidade de Santana do Araçuai no Vale do Jequitinhonha. Sou Andréia Andrade @andreia.andrade.arte. Será uma alegria imensa compartilhar e mostrar as minhas obras que tenho orgulho de ter aprendido com a mestre Izabel Mendes.
Bem-vinda, Andréia. Vamos dnriquercer a matéria com seu trabalho
Existe um documentário sobre o artesanato em barro do Vale do Jequitinhonha chamado “Do Pó da Terra”, de 2016, que conta com depoimento da Dona Izabel. Recomendo. Está disponível na Amazon Vídeo.
https://www.primevideo.com/-/pt/detail/0PZ1WSNTWLC2BRAY889VANQTZM/ref=atv_dp_share_cu_r
Sylvia, como é bom ver pessoas com espírito e mãos artísticas para descrever toda essa história de grandes mulheres. Eu daqui trabalho com a diversidade linguística do gurutubano (GURUTUBANÊS). Quem sabe não faz uma visitinha!!!
Obrigada pelo comentário, Argentino. Sobre a visitinha, me mande mensagem com todas as informações pelo e-mail [email protected]
Obrigada pela indicação, Gil!
As bonecas de argila são a prova de que mãos habilidosas de mulheres talentosas podem transformar em arte a sua dor. Vida longa pra essas artesãs e também para os homens e mulheres que perpetuam a arte a partir de recursos naturais da região como a tecelagem, os móveis em couro e, as joias de coco e ouro do Jequitinhonha. Isso é Sustentabilidade!
Com certeza as Bonecas do jequitinhonha e os outros artesanatos da região são sustento e sustentabilidade. E são também resultado do talento e da luta dessas pessoas. Obrigada pelo comentário.
Que legal saber do artesanato de bonecas de argila do Jequitinhonha. Como é rico o nosso Brasil e como é difícil conhecer todos os tipos de artesanato existente, ainda bem que existe este bolg pra nós informar.
As Bonecas do Jequitinhonha são mesmo uma beleza, Mayra. Obrigada pelo comentário.
Que lindo, o trabalho dessas mulheres! Deu vontade de ver de perto!
Vale a pena ir até lá para conhecer as Bonecas do Jequitinhonha e todo o trabalho desses artesãos. E também para conhecer o Vale do Jequitinhonha que tem outros encantos culturais e geográficos.
Quanta história atrás de cada peça de argila, de cada boneca! Já tinha ouvido falar sobre as bonecas do Jequitinhonha mas não sabia desses ricos detalhes, adorei.
Que bom que gostou. A história das Bonecas do Jequitinhonha é mesmo incrível.
Fascinante como as Bonecas do Jequitinhonha surgiram como uma necessidade, evoluindo de utensílios utilitários para expressões artísticas. A transformação na dinâmica de gênero e o papel dos homens no processo refletem uma história rica e inspiradora.
É incrível mesmo. Impressionante! Mas não é incomum. Os talentos surgem nas circunstâncias mais variadas. É só lembrar os casos de artistas revelados em terapias artísticas para pacientes mentais. Temos prlo menos uma postagem aqui no blog que da esse testemunho, dobre o Museu de Imagens do Inconsciente.
Maravilhas escondidas fo nosso país!!!
Maravilha das maos brasileiras!!!
Sempre tive vontade de conhecer de perto estas maos magicas quee molda. estas maravilhas; agora, depois destes relatos a ida é imperiosa !!!
Bom saber disso, Magda! É gratificante quando um relato do blog ajuda o leitor a tomar alguma decisão de viagem. Obrigada por nos comunicar.
Espetáculo. Tenho algumas peças do Vale. Cultura raiz.
Sim, Luiz, as Bonecas do Jequitinhonha são manifestações autênticas da cultura daquela região. Eu também tenho algumas peças. Impossível ir até lá e voltar sem comprar nada.